quarta-feira, 30 de julho de 2008

Tudo o que eu sou... Tudo o que eu quero ser...

Não precisamos de ninguém
Foi a mentira que nos contaram
Não precisamos de nada
Foi a mentira que nos contaram
Como um conto de fadas
E escolhemos deliberadamente acreditar
Escolhemos a despeito de tudo,
De tantos outros avisos
Como quem acredita
Em amor à primeira vista sem nunca ter amado
Em alma gêmea sem nunca ter visto uma alma
Não precisamos de nada nem de ninguém
Foi a mentira que escolheram nos contar
E é nisso que acreditaremos, até ser tarde demais
Até sermos velhos demais para volta atrás
Não precisamos mas no final estamos juntos
Você e eu... em uníssono silêncio acreditando juntos
Talvez saibamos que é mentira
Mas, talvez se acreditarmos o bastante
Se tivermos fé bastante nisso
Talvez o conto de fadas se materialize em realidade
Se eu apenas me deitar
Debaixo desse lençol de estrelas
E me deixar levar
E acreditar com tudo o que eu sou
Se você acreditar com tudo o que é
Talvez possamos ser
Tudo aquilo que queremos ser
O tempo não passou
Ainda não somos velhos demais
Se eu fechar os olhos
Acho que posso ver
Acho que quase posso tocar
Tudo o que quero ser.

Ceres Xisto

segunda-feira, 28 de julho de 2008

PERMANECER

Onde estão minhas palavras
Quando preciso desesperadamente delas?
Onde elas foram rabiscar-se
Quando as quero nesta folha solitária e branca
O dia foi longo e cansativo
O sol se mostrou e se escondeu tantas vezes que perdi as contas
Eu conto os dias nesse caminho em que sigo
Eu o vejo escuro
Eu não enxergo o futuro
Eu nem sei mais se acredito na sua existência
Dizem-se que devo ter paciência
Que devo esperar e ter fé
Amanhã a montanha será uma campina diante de mim
Que as trevas tornar-se-ão em luz
E o desespero em esperança
O choro em riso
Minha alma acalanta a promessa
Bebe dela como se tivesse vagado inssana e só anos a fio pelo deserto
Mas eu temo...
Eu temo acreditar, e ainda assim acredito
Eu temo ter fé, e ainda assim eu tenho
Eu tenho pressa, e quero ver depressa o fim das coisas
E ainda assim... espero pacientemente...
Minha natureza rebelde remoe-se nas minhas entranhas e grita
E quer respirar e ser livre
E quer abrir as asas e voar sem remorsos nem arrependimentos
Quer seguir sem olhar para trás sem importar-se
Meu coração bate apressado e pede urgente pela quebra dos grilhões
Mas a razão... que sempre me teve prisioneira
Que sempre ditou meus caminhos
Pavimentou minhas estradas e conteve meus impulsos
Ela me faz esperar... ela me faz curiosa
O amanhã trará a luz de volta? Trará a campina e o fim da estrada?
Então eu permaneço...
Eu abro os olhos imensamente e espero, espero e espero...
Eu temo, que a espera traga não a descoberta
Eu temo esperar e esperar em vão, mas aida assim persisto
Eu temo que  fé esmaeça com o passar do tempo, mas ainda assim creio
Eu tenho pressa, eu nada vejo apesar dos meus esforços
E ainda assim
Por enquanto eu nada vejo.
Disseram-se que ha de vir um novo caminho
Uma nova estrada
Cheia de respostas de vitórias e sorrisos
Eu sei... parece insensato esperar assim constantemente...
Como quem toda a tarde assiste ao sol encontrar o oceano no horizonte
Como se fosse possível ouvir o crepitar do fogo ao encontrar-se com as águas...
Parece absurdo, caminhar a vida toda por um caminho
Acreditando que um dia... uma manhã qualquer
Este caminho tornar-se-á novo
Mas apenas parece...
Há ainda a certeza... e nesta certeza...
Apenas este meu... permanecer.

Ceres Xisto

Sentir isso

Eu sinto as falhas aparecendo
Por dentro de cada trinca você vem vindo
Eu sei que tenho pouco tempo
Então me deixe sentir isso

Você sabe onde está errado
E não precisa mais ver
Eu estou me arrastando sem necessidade
O que não importa eu quero perto de mim

Sinto tudo caindo e vou tentar ficar aqui
Eu estou perto de algo que eu não conheço
Mas eu quero ir até o fim
Pra sentir isso

Alguém protegeu o céu de mim
Eu estou preferindo não ser mais uma das estrelas
E continuar brilhando como um pecador
Em seus olhos

Alguém disse a verdade
E isso não era realmente necessário
Eu realmente te odeio
Você não é e nem precisa continuar o mesmo otário

Venho dirigindo tudo até aqui
E não sei se devo atropelar o que você me impõe
São tantas placas, e merda...
Eu sei onde eu devo ir pra sentir isso

sábado, 26 de julho de 2008

Permanecer

Onde estão minhas palavras
Quando preciso desesperadamente delas?
Onde elas foram rabiscar-se
Quando as quero nesta folha solitária e branca
O dia foi longo e cansativo
O sol se mostrou e se escondeu tantas vezes que perdi as contas
Eu conto os dias nesse caminho em que sigo
Eu o vejo escuro
Eu não enxergo o futuro
Eu nem sei mais se acredito na sua existência
Dizem-se que devo ter paciência
Que devo esperar e ter fé
Amanhã a montanha será uma campina diante de mim
Que as trevas tornar-se-ão em luz
E o desespero em esperança
O choro em riso
Minha alma acalanta a promessa
Bebe dela como se tivesse vagado inssana e só anos a fio pelo deserto
Mas eu temo...
Eu temo acreditar, e ainda assim acredito
Eu temo ter fé, e ainda assim eu tenho
Eu tenho pressa, e quero ver depressa o fim das coisas
E ainda assim... espero pacientemente...
Minha natureza rebelde remoe-se nas minhas entranhas e grita
E quer respirar e ser livre
E quer abrir as asas e voar sem remorsos nem arrependimentos
Quer seguir sem olhar para trás sem importar-se
Meu coração bate apressado e pede urgente pela quebra dos grilhões
Mas a razão... que sempre me teve prisioneira
Que sempre ditou meus caminhos
Pavimentou minhas estradas e conteve meus impulsos
Ela me faz esperar... ela me faz curiosa
O amanhã trará a luz de volta? Trará a campina e o fim da estrada?
Então eu permaneço...
Eu abro os olhos imensamente e espero, espero e espero...
Eu temo, que a espera traga não a descoberta
Eu temo esperar e esperar em vão, mas aida assim persisto
Eu temo que  fé esmaeça com o passar do tempo, mas ainda assim creio
Eu tenho pressa, eu nada vejo apesar dos meus esforços
E ainda assim
Por enquanto eu nada vejo.
Disseram-se que ha de vir um novo caminho
Uma nova estrada
Cheia de respostas de vitórias e sorrisos
Eu sei... parece insensato esperar assim constantemente...
Como quem toda a tarde assiste ao sol encontrar o oceano no horizonte
Como se fosse possível ouvir o crepitar do fogo ao encontrar-se com as águas...
Parece absurdo, caminhar a vida toda por um caminho
Acreditando que um dia... uma manhã qualquer
Este caminho tornar-se-á novo
Mas apenas parece...
Há ainda a certeza... e nesta certeza...
Apenas este meu... permanecer.

Ceres Xisto

sexta-feira, 25 de julho de 2008

ROSA GOTICA


Oh! Rosa gótica.
Oh! Minha amada.
Com teus espinhos você envenena meu coração.
Agora eu sinto uma grande paixão.

Tua pétala me encanta.
Hipnotiza-me.
Amo-te.
Minha doce querida.

Oh! Minha rosa gótica teu perfume és doce.
Tão fascinante...
Tão diferente...
Tão permanente...

Tu plantas a semente do amor.
Em minha doce dor.
De não tê-la.
Minha esposa.

Serei feliz do teu lado.
Eu te amo.
Oh! Minha rosa.
Gótica...

Carlos Sampaio Neto

Alguem faça alguma coisa

Diga a quem se importa
Escreva a quem tenha tempo
Eu estou indo embora
Serei tão rápido quanto o vento

Espere por quem volta
Esteja pra quem chega
Siga e implante a revolta
Seja a mira dessa arma

Suporte até o final
Não espere recompensas
Siga um plano ilegal
E talvez tudo fique na mesma

Pergunte a quem responda
Sugira a quem te confunde
Feche os olhos só pra morte
A fuga é humilhante

Peça quando precisar
Sangre por amar
Enfrente para guerrear
Perdoe-me por errar

sexta-feira, 11 de julho de 2008

E bom... Viva.

Como passamos desapercebidos
Como somos descuidados e inocentes
Tudo perde a graça
E não vemos problema nenhum.

Agradeço por ter descoberto as coisas ruins
De uma maneira indireta ao meu corpo
Agradeço pelas pessoas próximas a mim
Nem sempre meus amigos, mas levam um pouco do meu carinho.

Sim, somos um pouco de pena.
Um pouco de fúria, mas tentamos ser também.
Um pouco de loucura
Os minutos são contados como anos, e assim vivemos.

É um trem que não faz falta
É um ônibus que demora
Preservamos o pouco tempo que nos resta
Mas não cuidamos.

Eu fugi um pouco do estilo
Pra escrever algo sem sentido pra mim
Mas que talvez bata a sua porta como uma resposta
E bom... Viva.

Me salvar

Meus olhos
Se abrem por minha boca
Que tampada está
E me impedem de qualquer barulho

Minhas cicatrizes
Por toda a parte demonstram o que não conto
Por medo...
Por pavor...

A luz vai apagar
E meu sono acaba
Por deus... Eu não sei o que é sonhar
E seus ouvidos não captam as marcas

A noite é cumprida de mais
Pra que eu consiga entender tudo
Meu corpo não vai agüentar
Mas meus lábios cerrados inibem qualquer ruído

Eu não sou um animal
Eu não sou um penico
Eu não me defendo
Eu sou conivente?

Por favor, perca o sono junto comigo.
Atrase sua ida apenas uma vez mais.
Afaste os poucos minutos de perto de toda uma vida
E talvez ainda possamos me salvar...

Destirônico

Não sou uma delicada boneca
Não mecha em meus braços com tanta delicadeza
Não olhe pra mim com carinho
Eu não sou um terço do que você pensa

Não me tire daqui
Eu não quero me transformar novamente
Estou deixando as coisas acontecerem
Não arrisque falar que me entende

Estou sentado lendo alguma coisa
Que me estimule produzir algo parecido a você
Seco e inanimado... Puro
A semelhança é algo que não da pra perceber

Desculpe-me por manter vivo em mim
O orgulho...
É tudo dão agressivo
Que me protejo nesse cobertor de espinhos

Saia de mim!
Tão pouco dentro, tão limpo depois de tudo.
Tão esquisito, tão pouco e mudo.
O erro humano se propagou novamente na promessa

Eu deixei vazar por algum motivo
Mesmo sabendo que você não se importaria em escutar
Então me ataque!
Eu não vou sobreviver, mas não vou deixar muitas bocas falando...

Em pleno vôo eu posso cuspir isso na sua cara
Não venha me falar de honestidade, eu sou insano de mais.
É tudo tão mascarado, que eu vou trincar seus sonhos com isso
Não me perdoe por que é totalmente proposital

Você é doente!
Eu sou doente!
Me diga do que é feito a confiança
Você mente!

quarta-feira, 9 de julho de 2008

A senhora das Palavras

Eu sou a senhora das palavras
Absoluta, reino, domino, controlo
Elas são minhas e minhas só
Na verdade, muitos gritarão ao vento
Esta mesma afirmação
E apesar da imensidão deste mundo
Apesar dos talentos que vejo aflorar
Em floreios e rimas
Em profundas sim, sinuosas até
Encantadoras combinações
E composições ousadas
Atrevo-me a dizer... são parcas... são frouxas...
São infinitamente menores que as minhas
Não sabem dizer,
Não sabem contar histórias,
Não sabem atingir o alvo...
Os humanos corações
Como as minhas palavras
Perdoem-me, não é altivez... não é bravata
É simples constatação
Outros podem, rasgar seus versos
Embebedar seus poemas
Mergulhá-los em mel tentando
Sem conseguir é claro...
Tornar doces, acres, poderosas
Suas rimas
Podem gritar impropérios
Podem, tentar, tentar e tentar em vão
Porque eu sou a senhora das palavras
Absoluta, reino, domino, controlo
Elas são minhas e minhas só

Ceres Xisto

segunda-feira, 7 de julho de 2008

As mudanças serão feitas

Perdemos o rumo distorcido das palavras
Desafinamos os cordões buscando a afinação
Estamos a uns passos do impossível
E você o que me diz?

Somos a cor do desconhecido
Sabemos como é o perfume do mistério
Já vimos de perto à morte
Abraçamos o perigo sem esperar pela sorte

É tudo tão incerto e certo
É tudo tão confuso ainda aqui dentro
Parado, e ao mesmo tempo vivo.
Sou apenas um erro tentando fazer tudo dar certo

Se foi.
Assim como todas as certezas que eu já tive
Assim como um dia eu esperei sem saída
E tive por você uma vitória digna

Se foi.
E sem duvida nenhuma fará falta
Darei a certeza de que meus pensamentos
Voarão pelas fechaduras trancadas atrás de você.

Darei a todas as minhas qualidades méritos a você
Darei a todos os meus defeitos espinhos por te perder
Darei a minha vida um pouco mais de atenção
Não vou mentir, o sorriso que exibo é a maquiagem que passei em meu coração.

Escuto a porta se bater
Sim, os passos são os de quem não voltará mais.
Sim, o erro foi meu e de ninguém mais.
Não fugirei da responsabilidade, te perdi e peço que por favor não sofras mais.

Eu seguirei por um tempo
No anonimato sem que você perceba
E talvez você não veja
As mudanças que serão feitas.

Mas não quero exibi-las
Não quero que veja nenhuma delas por propósito
Quero que quando você se der conta e perceber
Quero que entenda que todas elas foram por sinceros remorsos

Hoje semente
Amanha pretensão de ser bom fruto
Hoje errante
Amanha seguindo os passos deixados do seu futuro...

domingo, 6 de julho de 2008

A Última Ferida

Se quebrares meu coração
Talvez eu chore, talvez eu sofra
Se o apunhalares, talvez eu sangre
Mas certamente me reerguerei
Mais forte, mais protegido
Das agruras da vida
Das terrenas traições
Infelizmente, menos aberto à novas emoções
Quanto mais profundo o amor
Mais profunda a ferida
Mais dificil de cicatrizar
Se ferires o amor
Lembre-se que certas feridas
Podem ser mortais
Se o matares
Talvez ninguém o possa fazer ressicitar
Se escolhestes outros caminhos
Alheios de mim
Aceita o fato
Caminharás sozinho
E se neste caminho solo, as lágrimas encontrar
Não estarei mais lá para enxugá-las
Certas portas só uma vez podem ser cruzadas
Certos objetos, uma vez quebrantados
Não podem ser refeitos
Mas a vida é cheia de escolhas
Que devem ser feitas inexorávelmente
Por mais que eu lamente as suas
Devo continuar meu caminho
De forma reta, de cabeça erguida
Ciente de que tudo o que fiz foi correto
Meu caminho segue...
Para o desconhecido como sempre
Mas agora, distante do teu
Mais uma noite me encontra
Entre ilusões alquebradas e esperanças destroçadas
Que o amanhecer
Traga-me outra tantas certezas
Outra força... Um novo fôlego
O mesmo sol...
Um novo dia e o unguento...
Para a última ferida.

Ceres Xisto

sábado, 5 de julho de 2008

só depois de cair no inferno eu sei como é a dor.
dor... dor de saber q perdi voce.
a dor de saber q voce nunca mais vai estar do meu lado...
minha vida ja não vale mais nada, perdi o que tinha mais de precioso voce....
e agora o que sera de mim sem voce...
para onde irei correr.
queria nunca nascer.
para nunca te fazer sofrer.
as desculpas não adiantaram.
só me resta o caixão.
é a pior dor do mundo... nunca senti algo igual parece que não existo mais.
sei q isso é pouco para mim ...
mas me perdoa???
minha vida não vai ser mais igual sem vc do meu lado...
sei q te iludi...
mas estou rearrependido por tudo...
e como se não vivesse mais... o que sera de mim agora.
sem seus carinhos, sem seu amor...
sem seus conselhos...
não há mais vida... apenas morte...
é pior q tudo neste mundo, mas sei que voce esta se sentindo pior que eu..
mas te peço desculpas...
o mundo desmorona..
o chão se acaba...
nossa vida destruída...
não há mais nada q eu possa fazer?
para te-la de volta...
desculpa por ter te magoado...és minha vida vagar na solidão.

Carlos Sampaio Neto