sábado, 19 de abril de 2008

Choro

Sim, eu choro...
Quando meu coração sangra
Quando ele dói e eu não sei explicar a razão
Eu respiro fundo, tento engolir aquela tão conhecida angústia
Mas o nó na garganta é maior e eu choro...
É eu choro em silêncio, debruçada na janela do meu quarto...
É noite, ninguém pode me ver e eu não quero ver ninguém...
Não são carros, não são pessoas, são apenas borrões disformes
Diante dos meus olhos marejados, são manchas que vão e vem...
Enquanto o vento varre meu rosto
e derruba as lágrimas de minhas pálpebras
E as espalha como chuva.
Eu as retenho nas palmas das minhas mãos
Eu viro o rosto para o outro lado
Eu me escondo na penumbra e aumento o volume do rádio
Não era essa a música que eu queria...
Nunca é...
Ninguém nunca sabe...
Ninguém nunca ouve...
Ninguém nunca vê...
E eu estou tão cansada!
Queria deixar de pensar... Deixar de ser...
Eu choro em silêncio
Mas minhas lágrimas tinham tanta coisa a dizer
E era só o silêncio que eu queria
A paz
Da brisa que varre meu rosto
e derruba as lágrimas de minhas pálpebras
E as espalha como chuva
Eu as retenho nas palmas das minhas mãos
Eu viro o rosto para o outro lado
Eu me escondo na penumbra e aumento o volume do rádio
Não era essa a música que eu queria...
Nunca é...
Ninguém nunca sabe...
Ninguém nunca ouve...
Ninguém nunca vê...

Ceres "Shaolinda" Xisto

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