domingo, 13 de abril de 2008

Completos

Não sou imune às tristezas
Nem às intemperes da vida
Não caminho absoluta por sobre os demais mortais
Não sou eu mesma mortal como tantos?
Não sofro eu mesma dos males de todos?
Nem todos os dias são coloridos
Às vezes são cinzas, nublados
E escondem os sorrisos como as nuvens ao sol
Às vezes garoam lágrimas
Às vezes elas trovejam entre soluços
Embora eu tenha escudos, (apenas alguns... eu sei...)
São tão invisíveis quanto os ataques que tentam bloquear
Embora insensíveis, ferir
Embora irrisíveis, cicatrizes...
Não sei evitar as dores
Nem todas as decepções da vida
Não caminho intocável por sobre os demais mortais
Não tive e terei eu mesma tantas dores?
Não vivi e viverei decepções?
Contudo, nem todos os dias são doloridos
Às vezes muitas coisas
estão escondidas por trás dos sorrisos
Embora eu tenha tempo (pouco tempo... eu sei...)
Ele passou e passa, tão depressa... tão devagar...
Embora hajam muitas vozes, sozinhos
Embora sozinhos... completos!

Ceres "Shao" Xisto

Um comentário:

Aqueta disse...

Eu estava com muita saudade de ler os seus poemas. Agora estou curiosos para ler os dos seus irmãos...