domingo, 25 de maio de 2008

Eu Sou

O mundo é torpe em suas vilanias
As pessoas são pequenas e fracas
São vãs, efêmeras e absurdas
Elas choram, se rasgam, se desesperam
Ante o inevitável
Eu não sou tão forte,
eu sei que às vezes também choro,
Mas ante o inevitável
Diante de males incomensuráveis
Quando a desesperança se apresenta
Eu luto
Muitas vezes com lágrimas nos olhos
Muitas vezes prendendo o choro
Muitas vezes a voz embargada
Procurando as palavras
Escolhendo as sentenças
Escondendo meu coração atrás das frases duras
Mas eu luto,
cerro os dentes, respiro fundo
E lanço-me adiante, à batalha
Não é a vida em si uma guerra?
Não se trata apenas
Dia após dia, de sobrevivência
Mas eu tento levantar mais forte a cada dia
Não posso me entregar
Não posso esmorecer...
Eu imagino, eu sonho
Eu escrevo e com meus versos eu transformo
Transformo minha dor em força
Eu imagino e então... sou!
Sou mais forte que a maioria das pessoas
Eu sou o dragão...
Eu não olho o mundo do baixo
Eu observo a tudo do alto
Estendo minhas asas e elas alcançam o infinito
Rasgam os céus, derrubam as estrelas
Eu respiro e meu hálito é fogo
E de fogo são as palavras que profiro
Eu transformo as coisas então tudo é possivel...
Todo mundo está aos meus pés...
Logo alí ao meu alcance...
E eu não tenho mais medo do mundo
Eu sou a força transformadora e o destino é meu escravo

Ceres Xisto

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