sábado, 10 de maio de 2008

Tudo Aquilo que Nos Atrevermos a Sonhar

Varre-me a noite, como um vendaval de trevas
Eu nada ouço, nada sei
As vozes sábias calam, enquanto as tolas falam
Andávamos perdidos você e eu
O mundo era azul e flutuava
no negrume intergaláctico do universo
As palavras são grilhões amor,
Por isso não digo o que eu sinto.
Os meus sonhos te libertam,
Mas apenas eu sei, você não sabe.
Já é hora do sol nascer, mas ele inssite em dormir.
Já é hora de eu te dizer,
Mas ainda não sei com quais palavras.
Despertei de um sono incômodo
Que inssistia em me roubar os pensamentos.
Os seus olhos eram azuis e flutuavam,
No negrume infinito daquela dúvida.
Nesta mesa, nesa sala, nesta casa...
Neste imenso prédio eu me pergunto,
e pareço ser a única a fazê-lo.
Haverá um final feliz
Para este contemporâneo conto de fadas que vivemos?
Ou apenas despertaremos todas as manhãs
e descobriremos atônitos
Que há apenas a realidade incolor
e as cinzas cidades onde vivemos.
O meu sonho era azul e flutuava,
No negrume finito da noite.
A realidade possui grilhões amor
Por isso não desperto, não ainda...
Não enquanto houver noite
E adormeço também durante o dia nesta cidade incolor
Despertos, estamos adormecidos a caminhar
E vivemos e viveremos tudo aquilo
Que nos atravermos a sonhar

Ceres Xisto

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