domingo, 4 de maio de 2008

Laços de Outrora

Estou me perdendo lentamente nas curvas do destino
Ora sem querer, ora propositadamente
Ora me esqueço, ora prefiro não lembrar
Perdendo-me dos laços que me atavam outrora
Perdendo meus passos por ruas desconhecidas
Feitas de riso, de lágrimas
De prazer e dor
Não olhos mais para trás, para minhas pegadas na areia
Não guardo mais suas formas, suas saudades
Não mais anseio retornar
Tantas e tantos ficaram para trás
Alguns não posso mais resgatar
Outros realmente não quero
Poucos, durarão ainda uma eternidade
Destes, uns não quero perder
O restante eu não posso esquecer
Minhas mãos, meus pés
Minhas palavras e meus passos
Não são mais os mesmos
Me levam adiante agora
Mais adiante que antes julgava poder chegar
Mas ainda não tão longe quanto sonhei
Não tão longe quanto sei
Que ainda irei

Ceres Xisto

Um comentário:

Aqueta disse...

Ah, Shao, como é bom poder ler os seus poemas de novo!