sábado, 17 de maio de 2008

A Torre

Do alto da minha tristeza
Uma torre escura que ergueu-se dentro de mim
Eu observo o tempo passar implacável,
Devastando os amores
Envelhecendo, adoencendo as pesspas
E eu choro

Do alto da minha tristeza
Da torre fria envolta na neblia
Minha alma observa o poder do mundo
e a destruição dos sonhos.
E ela dói, mas não dói sozinha
A dor agora é física também
Minhas entranhas se contorcem
Meu semblante esmaece
E as pessoas no mundo percebem
Então me afasto da janela e choro

Do alto da minha tristeza
Da minha torre de mármore e de segredos
Eu apenas observo sem tomar parte
Tanto eu quis... não sei se ainda quero
Nunca foi o que sonhara nem será
E por não pertencer
Longamente eu choro

É noite, é silêncio dentro da torre
É confusão dentro de mim
E eu choro mas as lágrimas
Não chegam aos meus olhos
Elas escorrem elas escorrem para dentro de mim
Represando as tristezas
Aprisionando minha alma

Ceres Xisto

Nenhum comentário: