segunda-feira, 5 de maio de 2008

Um instante

Surge minha alma, solta na gélida brisa
Surge solitária pouco antes da alvorada
Não houve sonhos nesta longa noite
Nada foi meu por muito tempo
Nada mais que o necessário
O céu nublado me impediram
Ironia,
De ver o sol triunfante no céu
Mas não puderam esconder sua luz
As pessoas na calçada, são vazias
Meus pertences na prateleira,
Não são meus de fato
São objetos emprestados pela vida
Não sei dizer o exato momento
Em que tudo foi completo,
Tudo foi exato
Talvez tenha sido no momento preciso
Em que o silêncio reinou absoluto
Eu quiz fechar os olhos
Numa prece silenciosa
De agradecimento e súplica
Mas o instante rompeu-se e se foi
Tão depressa e sorrateiramente
Quanto surgira...

Ceres Xisto

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